Arquiteto mineiro de grande reconhecimento nacional e internacional por seus projetos e prêmios
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Figura 1 – William Ramos Abdalla Fonte: https://www.instagram.com/p/Bu2MhrCFgQc/?igsh=YzJ0Zmtnejk2dndu
“Por sua vez, o conhecimento possui duas vertentes maiores: a visão de mundo racional e a visão de mundo intuitiva. Na primeira, temos a visão acadêmica e prática. Já na segunda vertente, nos orientamos em direção à concepção unitária do universo, denominada monismo do pensar, que considera o pensamento como fenômeno primordial.”
biografia
William Ramos Abdalla nasceu em 1940, em Pirapora, Minas Gerais e se formou em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais. O arquiteto é pós-graduado pela Universidade de Brasília, fez especialização em Planejamento Urbano pela Universidade de Londres e possui mestrado em Geografia e Tratamento da Informação Espacial pela PUC Minas.
Abdalla é conhecido por adotar uma abordagem holística em seu conceito arquitetônico, que abrange não apenas o aspecto estético, mas também o social. Ele desempenhou um papel crucial na transformação da paisagem arquitetônica de Belo Horizonte, responsável por projetos icônicos que combinam elementos modernos com a rica história e cultura da cidade. Sua sensibilidade ao contexto local e seu compromisso com a sustentabilidade ambiental renderam-lhe reconhecimento nacional e internacional.
Ao longo de sua carreira, Abdalla projetou mais de 100 obras presentes em Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Acre, Argélia e Iraque. O arquiteto também se aventurou na escrita, é autor dos livros “A Arquitetura do Pensar” e “O Potencial de Desenvolvimento Tecnológico da Região Metropolitana de BH”.
Além de reconhecimento por seus projetos, o arquiteto já recebeu 19 prêmios durante sua carreira. Atualmente, William Ramos Abdalla é professor da PUC Minas, tem um escritório próprio e continua ativo no campo da arquitetura, liderando projetos desafiadores e inspirando jovens arquitetos a seguirem uma abordagem holística e sustentável em seu trabalho. Sua paixão pela arte, pela natureza e pela comunidade continua a impulsionar suas realizações e a contribuir para o enriquecimento da cidade de Belo Horizonte e além.
obras na arquitetura
2018
Centro de Formação Artística e Tecnológica (CEFART)
2012
Biblioteca do Futuro
2006
Residência Vânia Caetâno
Prefeitura Municipal de Pirapora
2004
Residência Dr. Emerson Godoy Furtado
1998
Residência Nonada
Residência Dr. Augusto Nunes
1997
Residência Dra. Teresa Cristina e Dr. Gil
1994
Residência Dr. Renato Russef
Residência Flávio Géo
Residência Dr. Walyd Ramos Abdalla
Residência Dr. Henrique Salvador
1993
Fazenda Confins, Aeroporto de Confins
Clube do Hospital Mater Dei
1991
Posto médico odontológico e laboratório de pesquisas
1989
Residência Igreja
Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa
Residência Maria José Pelegrini
1988
Edifício Villa Lobos
1987
Residência Maria Beatriz Andrade Ramos
1982
Edifício Sede da Diminas
Cemitério Parque da Saudade
Residência Dra. Zélia Marra
Residência Dr. Carlos Eduardo de Andrade
1981
Residência Voo Geométrico
Construtora Irmãos Diniz
1980
Residência Dr. Hilton Brant Machado
1978
Centro Social Urbano
Anexo do BDMG
AÇOMINAS
1977
Sede da Florestaminas
Sede do CREA
1975
Residência Sweill Abdalla
1972
Refinaria Gabriel Passos
1971
Associação Espírita de Anápolis
1970
Edifício Ouro Preto
Centro Cívico de Itambacuri
Residência Jarbas Marcelo Portela
1969
Residência Construtora Otoni Lawar
1968
Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais
1966
Companhia do Vale do São Francisco
1961
Residência Mário Passos
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Figura 2 – Edifício Ouro Preto (1970)
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Figura 3 – Residência Igreja (1989)
“Se não projetei o Pós-moderno, projetei o "Pós-Bagdá", cidade que me influenciou na concepção deste projeto, demarcando a fronteira de transição do Pensamento Racional Intelectual ao Racional Intuitivo. Poderíamos dizer que o projeto da Casa Igreja é um ensaio no caminho da arquitetura orgânica.”
Figura 4 – Sede do CREA (1977)
Fonte:
Figura 5 – Residência J Y
prêmios na arquitetura
1982
V Premiação Anual Florestaminas - sede administrativa, oficinas, almoxarifados, restaurante, etc., em Olhos D'Água, BH (10.000 m²) | Institutos de Arquitetos do Brasil IAB/MG
4º prêmio no concurso da sede administrativa da DIMINAS (2.000 m²) | DIMINAS - BH.
1981
4º lugar - Projeto de Paisagismo, Urbanismo e Arquitetura (180.000 m²) PARQUE DE LAZER DA GAMELEIRA - BH | Prefeitura de BH, USIMINAS.
1978
Concurso Edifício Anexo do BDMG (15.000 m²) | BANCO DE DESENVOLVIMENTO DE MINAS GERAIS.
1977
Concurso público da Nova Sede Administrativa do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), (16.000 m²) | Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA)
1970
1º lugar na III premiação anual IAB/MG - Planejamento do campus da UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais
1969
2º lugar no Concurso de Belo Horizonte para o Centro Cívico João Monlevade (MG) | CENTRO CÍVICO JOÃO MONLEVADE, MG.
residência pouso geométrico
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Figura 6 – Fachada Residência Pouso Geométrico
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Figura 7 – Fachada Residência Pouso Geométrico
A Residência Pouso Geométrico é uma das obras mais marcantes do arquiteto William Ramos Abdalla, projetada inicialmente em 1969 para ser residência de sua irmã, Leila Ramos Abdalla, e de sua família. Localizada em um dos pontos mais famosos de Belo Horizonte, entre a Praça do Papa e a Serra do Curral.
Ficha Técnica
Localização: Av. José do Patrocínio Pontes, 1354 - Mangabeiras, Belo Horizonte/MG
Tipologia de uso: Residencial
Padrão Arquitetônico: Brutalismo
Ano de conclusão: 1974
Área do terreno: 1210m²
Área Construída: 998,89²
Número de pavimentos: 4
Análise da Obra
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Figura 8 – Fachada Residência Pouso Geométrico
A residência foi inspirada de forma a reverberar a natureza que circunda o local, refletindo e trazendo a montanha para a residência a partir de sua projeção. Inicialmente, William Abdalla realizou outro tipo de projeto para a residência, contendo dois grandes balanços estruturados por quatro pilares e coroados por uma cobertura em paraboloides hiperbólicos, porém a complexidade estrutural trouxe a necessidade de alteração da volumetria, que ganhou novas formas.
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Figura 9 – Projeto inicial
A composição do projeto foi pensada de forma a se conectar com o ambiente, trazendo consigo uma geometrização e ritmo contínuo entre os mesmos. Além da forma retangular da casa nos pavimentos, a conexão vertical da casa é feita a partir de duas escadas helicoidais, uma posicionada na parte interna oeste da edificação e outra como um anexo ao lado leste do edifício.
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Figura 10 – Circulação vertical interna do Pouso Geométrico
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Figura 11 – Visão interna da escada helicoidal
Além dos quartos e áreas internas da residência, suas áreas externas são feitas de modo fluido, utilizando de linhas curvas e circulares.
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Figura 12 – Planta térreo
Análise das Plantas
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Figuras 13 – Plantas
O térreo abriga a entrada do lote na fachada sul, e adentrando o terreno, a garagem, a área de circulação externa e um jardim coberto. O acesso do primeiro andar do edifício se dá pela direita, que dispõe de uma área de serviço, uma escada helicoidal interna menor (que dá acesso à adega no subsolo e aos andares superiores), uma área de circulação interna atrás da escada, que dá passagem para dois quartos extras, além de um banheiro separado.
Seguindo pela circulação do entorno do edifício, tem-se uma segunda escada circular maior que, embora dê entrada ao interior do edifício pelos andares superiores, é construída dentro de um cilindro separado. Além disso, ao fundo do terreno, tem-se acesso a mais um quarto extra, uma área de lazer e uma piscina, além de um segundo subsolo à nordeste, onde se encontra um amplo ateliê e bar.
Figuras 14 e 15 – Plantas térreo e subsolo, respectivamente.
Já no segundo pavimento, tem-se a circulação interna centralizada no edifício, dando acesso, ao norte, à sala de estar e de jantar, ao sul, uma sala de som e uma biblioteca com banheiro, ao leste, uma área de cocção, copa, um corredor que dá acesso à escada helicoidal menor (que agora se encontra ao lado externo leste do edifício), um shaft e uma despensa e, à oeste, um jardim aberto, com todos esses ambientes marcados pela horizontalidade e a presença constante da paisagem ao redor, por meio das amplas janelas que circundam quase todo o edifício, sombreadas por meio dos pilares desenhados pelo arquiteto.
Figura 16 – Planta segundo pavimento
Por último, no terceiro pavimento, o percurso de circulação entre os ambientes que é encontrado no segundo pavimento é um pouco mais limitado à área central, sendo substituído agora por ambientes íntimos mais amplos, sendo esses, formada por três suítes simples (duas ao norte/noroeste e uma a sudoeste), uma suíte master (à nordeste) e uma sala de TV á sudeste do edifício, que têm acesso a escada circular menor. Neste pavimento, a área oeste que circunda a escada maior é inexistente, criando assim uma sacada interna para o edifício, onde se encontra o jardim no andar inferior. Além disso, os quartos e a sala de televisão, por serem ligados às fachadas norte e sul, possuem um balcão com jardineira, sendo sombreados pela grande cobertura que envolve todo o edifício.
Figura 17 – Planta terceiro pavimento
Figura 18 e 19 – Cortes AA e BB do edifício, respectivamente
Interior
A residência possui um projeto de interior extremamente acurado, tendo como principal elemento a madeira Jatobá, uma peça extremamente resistente. Ela foi utilizada em diversas partes da casa, desde pisos e escadas até paredes, portas e tetos.
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Figuras 20 e 21 – Interiores da casa
Espacialidade e Volumetria
Em relação a volumetria, a residência possui quatro pilares principais que realizam uma composição arquitetônica com parabolóides hiperbólicos, além de grandes arcos de concreto aparente que seriam a solução para vencer os longos vãos e suportar a cobertura, possui nervuras aparentes nos pavimentos superiores, abaixo da laje; a ideia para a criação de arcos foi diretamente da Leila Ramos Abdalla, que queria uma estética que fizesse alusão à natureza, criando uma relação íntima com a Serra do Curral. Com isso, o sombreando advindo da cobertura ao pé da serra integrou a edificação no contexto paisagístico, dando assim o codinome “Pouso Geométrico” à obra.
Além disso, o projeto conta com pilotis abertos para sustentação e para introdução do caráter escultórico ao projeto, permitindo, também, a fluidez com a paisagem e com o espaço, funcionando como uma garagem. Possui uma fachada contornada por muros de pedras e um gradil sinuoso, presente em várias obras do arquiteto. Ademais, o projeto possui uma estrutura interna fora da área da cobertura, se localizando mais no interior, sendo uma das características principais do brutalismo.
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Figura 22 – Visão externa da escada helicoidal
Figura 23 – Localização das estruturas
Fonte: Adaptado de https://www.archdaily.com.br/br/880007/classicos-da-arquitetura-residencia-pouso-geometrico-william-ramos-abdalla
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Figura 24 – Corte longitudinal do projeto
banco bdmg
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Figura 25 – Fachada Edifício.
O edifício utilizado como sede para o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, foi idealizado de forma conjunta por um grupo de arquitetos, sendo o projeto selecionado em um concurso e elaborado em 1969. A implantação da edificação ocorreu em um loteamento de esquina, valorizando a forte e expressiva presença estrutural do projeto. A construção foi considerada um marco inovador da arquitetura moderna mineira, no contexto da emergente pluralidade modernista brasileira. Ademais, a estrutura está localizada no entorno da Praça da Liberdade - conjunto urbano protegido pelo Patrimônio Histórico Municipal.
Ficha Técnica
Localização: Rua da Bahia (esquina com Rua Bernardo Guimarães), 1600 - Lourdes, Belo Horizonte - MG
Tipologia de uso: Institucional e Comercial
Padrão Arquitetônico: Brutalismo
Área do terreno: 3.797,00 m²
Projeto de arquitetura: Humberto Serpa, William Ramos Abdalla, Marcos Meyer (Matu), Márcio Pinto, Cid Horta
Materiais Predominantes: Concreto e vidro
Ano de conclusão: 1973
Área construída: 14.334,54 m²
Número de pavimentos: 15 (sendo dois subsolos com estacionamento; térreo; mezanino; 10 pavimentos de escritórios, pavimento-tipo; um pavimento com restaurante e cozinha; cobertura com casa de máquinas)
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Figura 26 – Edifício Sede
Figura 27 – Edifício anexo
Fonte: DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
Figura 28 – Implantação dos edifícios BDMG (planta de situação)
Fonte: DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
Análise da Obra
A malha estrutural foi fundamental na determinação de uma conceitualidade, em que a estrutura configura-se como elemento plástico. Pilares de concreto com seção trapezoidal visível definem os limites frontais do terreno e sustentam o corpo de vidro espelhado, se materializando de forma recuada e quase suspensa. O espaço de três metros entre o corpo e a estrutura cria perspectivas distintas, permitindo que sejam interpretados separadamente esses dois elementos. Para fortalecer a sensação de independência do edifício em vidro, os dois primeiros e os dois últimos andares recuam em relação ao alinhamento dos andares padrão. Essa técnica cria a impressão de que o volume principal está separado do solo e do topo, como um objeto autônomo em contraste com a rigidez da estrutura principal. O térreo, o mezanino, o terraço e a cobertura têm dimensões menores, recuando três metros em cada lado do volume principal, composto por nove pavimentos.
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Figura 29 – Desenho apresentado no concurso da fachada da edificação sede (Rua da Bahia)
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Figura 30 – Desenho apresentado no concurso do hall de entrada da edificação sede
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Figura 31 – Fachada do edifício sede (Rua Bernardo Guimarães)
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Figura 32 – Fachada espelhada do edifício sede
Análise das Plantas
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Figura 33 – Desenho da fachada original do edifício sede.
Fonte: DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
Figura 34 – Corte longitudinal dos edifícios sede e anexo
Fonte: DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
![](https://static.wixstatic.com/media/bd773f_7dbebe22ce5e4f3ea6f74863ca6af0d4~mv2.jpg/v1/fill/w_154,h_194,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/bd773f_7dbebe22ce5e4f3ea6f74863ca6af0d4~mv2.jpg)
Figura 35 – Planta do 1º subsolo
Fonte: Adaptado de DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
No primeiro subsolo é possível observar no núcleo central quatro depósitos, um cômodo com equipamentos de ventilação, uma caixa de escada e quatro elevadores. Na área circundante tem-se o estacionamento - com rampa que conecta ao segundo pavimento do subsolo -, a presença de dois depósitos de móveis e um outro depósito, um reservatório subterrâneo juntamente às bombas, uma área de manutenção, uma central de ar condicionado, além de um acesso ao segundo pavimento do subsolo do prédio anexo.
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Figura 36 – Planta do 2º subsolo
Fonte: Adaptado de DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
No segundo subsolo tem-se no núcleo central duas copas, um banheiro, além dos elevadores e duas caixas de escada. Ao redor há a presença de uma sala, uma copa, uma central de ar condicionado, um auditório - com capacidade de cerca de 200 pessoas - com palco e camarim, além de sanitários, um depósito, foyer e área para imprensa, estacionamento - com rampa que conecta ao primeiro pavimento do subsolo e ao térreo e um box para lavagem de veículos.
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Figura 37 – Planta do térreo
Fonte: Adaptado de DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
No térreo, o volume principal é ocupado por uma caixa de escada, pelos quatro elevadores, salas e copas. Na área ao redor externa observa-se bancos e escadas com acesso à rua, além de jardins. Na parte interna da edificação abrigam-se sanitários e salas de serviço.
Figura 38 – Hall principal
Fonte: DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
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Figura 39 – Planta do mezanino
Fonte: Adaptado de DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
O mezanino, assim como o térreo, já apresenta uma estrutura mais recuada e abrigada dentro da edificação. No volume principal observa-se os elevadores, a caixa de escada, uma central de ar condicionado, sanitários, uma copa e uma sala técnica de manutenção. Ao redor dessa estrutura estão os corredores e 13 salas de escritório. Na parte externa, tem-se jardins e bancos.
Figura 40 – Jardim do mezanino
Fonte: DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
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Figura 41 – Planta do 1° pavimento
Fonte: Adaptado de DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
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Figura 42 – Planta do 2° pavimento.
Fonte: Adaptado de DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
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Figura 43 – Planta pavimento-tipo
Fonte: Adaptado de DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
Figura 44 – Espaço interno do pavimento-tipo
Fonte: DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
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Figura 45– Planta do 9° pavimento
Fonte: Adaptado de DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
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Figura 46 – Planta do 10° pavimento
Fonte: Adaptado de DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
Nas plantas do primeiro ao décimo pavimento, encontra-se no núcleo principal a caixa de escada, os elevadores, as centrais de ar condicionado, as copas e os sanitários. Ao redor, tem-se as recepções em cada pavimento, além das salas de reunião e as salas de escritório e outros sanitários. No primeiro pavimento estão presentes cerca de 20 salas, no segundo há uma presença maior de salas de reunião - cerca de quatro, com capacidades maiores - além de salas e boxes de escritório. Nas plantas do pavimento-tipo (do 1° ao 8° pavimento) estão presentes cerca de 26 boxes de escritórios e quatro salas menores de reunião. No nono e décimo pavimentos há uma presença majoritária de salas de reunião, ocupando a maior parte da área desses pavimentos.
Figura 47 – Planta do 11° pavimento
Fonte: Adaptado de DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
No 11° pavimento está localizado o restaurante, sanitários, um salão e um depósito que circundam o núcleo central habitado pela cozinha, a copa central e o sistema de exaustão - além da caixa de escada e o elevador que conectam verticalmente os pavimentos da edificação.
Figura 48 – Restaurante localizado no 11º pavimento
Fonte: DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
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Figura 49 – Planta da cobertura
Fonte: Adaptado de DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
Na cobertura, localizada acima da grelha, estão presentes as casas de máquinas dos elevadores e dos ares condicionados, a caixa d’água do edifício, o sistema de exaustão e aquecedores solar.
Figura 48 - Cobertura
Fonte: DA COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.]. Acesso em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31380/1/Estudo%20de%20caso%20do%20edif%c3%adcio%20do%20BDMG%2c%20como%20refer%c3%aancia%20na%20pr%c3%a1tica%20aplic%c3%a1vel%20de%20sustentabilidade.pdf
Espacialidade e Volumetria
A simetria guia o traçado da obra. Com fachadas de dimensões semelhantes - um retângulo de 33 por 38m em planta - a estrutura modular é composta por dois pilares centralizados em cada lado e um pilar maior em um ângulo de quarenta e cinco graus em cada vértice. O acesso ao prédio redefine o percurso, pois o térreo encontra-se a um metro abaixo do nível da calçada, cercado por taludes gramados, em uma arquitetura fluida, onde os espaços público e privado se entrelaçam.
Um núcleo central abriga as circulações verticais, instalações sanitárias e áreas de apoio, integrando o sistema estrutural em uma solução moderna de planta livre - na qual a estrutura é independente, permitindo que as divisões possam ser locadas livremente ou mesmo inexistirem - que se estende por todos os pavimentos.
A grelha vazada de concreto aparente no coroamento reflete a lógica estrutural aplicada, facilitando a entrada de luz natural e contribuindo, juntamente com os pilares, para transformar o espaço construído. Ainda assim, pilares e cobertura conformam uma caixa independente, que recebe o volume construído habitável.
A luz desempenha um papel fundamental na edificação, assim como os elementos físicos e conceituais incorporados - como a estrutura alinhada, a caixa de vidro recuada, o acesso rebaixado, a opacidade e a transparência. Ela atua como um agente transformador da paisagem, influenciando a permeabilidade e a expressividade do edifício em relação ao ambiente ao seu redor.
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Figura 49 – Vidro, concreto e esquadria metálica na fachada do edifício
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Figura 50 – Grelha vazada no último pavimento do prédio
Autores
Amanda Martins
Caio Carvalho
João Victor Nunes
Kamila Victória Dornelas
Luiza Brito
Referências
ARQBH. Disponível em: <https://www.arqbh.com.br/>. Acesso em: 6 abr. 2024.
ASSIS, Paulo. Clássicos da Arquitetura: Residência Pouso Geométrico / William Ramos Abdalla. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/880007/classicos-da-arquitetura-residencia-pouso-geometrico-william-ramos-abdalla
AUAD, Kleber Elian. A evolução formal da obra de William Abdalla: de Bagdá para o universo de Minas. 2006.
COSTA, J. O. M. “Estudo de caso” do edifício do BDMG, como referência na prática aplicável de sustentabilidade. [s.l: s.n.].
CAMISASSA, M. M. Humberto Serpa e a terceira geração da arquitetura moderna brasileira. 2013.
GROSSI, N. Clássicos da Arquitetura: BDMG / Humberto Serpa. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/773020/classicos-da-arquitetura-bdmg-humberto-serpa>. Acesso em: 6 abr. 2024.
Modernos Eternos BH. Residência Pouso Geométrico. Disponível em: https://modernoseternosbh.com/ambiente/3176/
William Ramos Abdalla. Disponível em: <https://www.escavador.com/sobre/1140877/william-ramos-abdalla>. Acesso em: 6 abr. 2024.