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BRASIL ARQUITETURA

Foto do escritor: ACR 113ACR 113

Figura 1 - Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz (Fonte: Revista Projeto)
Figura 1 - Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz (Fonte: Revista Projeto)

história do escritório


O Brasil Arquitetura é uma associação de arquitetos criada em 1978 por Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, que tem como função realizar projetos de arquitetura, urbanismo, desenho industrial e restauro para diferentes setores de atividades, como residências, comércios, indústrias e edifícios de lazer e de uso público. Uma das principais influências desse escritório é a arquiteta Lina Bo Bardi, com quem Ferraz trabalhou diretamente. A colaboração com Lina, especialmente no projeto do Sesc Pompeia em São Paulo, proporcionou uma compreensão aprofundada da relação entre arquitetura, cultura e sociedade, elementos que permeiam os projetos do escritório. Sua produção incorpora características do brutalismo, como o uso de concreto aparente, grandes vãos e uma estética marcada pela funcionalidade e honestidade dos materiais. Ao mesmo tempo, dialoga com o movimento contemporâneo, que considera o entorno e o contexto onde as construções estão inseridas, explorando soluções inovadoras, combinando técnicas tradicionais e modernas. Essas influências estão presentes em projetos como o Museu do Pão Moinho Colognese e o Cais do Sertão, onde a materialidade e a estrutura são protagonistas na definição do espaço.

 

Como eles mesmos definem: “procuramos criar uma arquitetura que esteja conectada tanto às tradições quanto à modernidade” e “buscamos uma arquitetura atenta às raízes e antenas”. Consequentemente, sua trajetória foi marcada por diversos prêmios no Brasil e no exterior por seus projetos, dentre os quais se destacam: o Bairro Amarelo, em Berlim, Alemanha; o Museu Rodin Bahia, em Salvador, Bahia; o Museu do Pão, em Ilópolis, RS; a Villa Isabella, na Finlândia; e a Praça das Artes, em São Paulo. 


Figura 2 - Ateliê em São Paulo (1979) – Nivaldo Gomes, Francisco Fanucci, Marcelo Sukuzi e Marcelo Ferraz.     (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 2 - Ateliê em São Paulo (1979) – Nivaldo Gomes, Francisco Fanucci, Marcelo Sukuzi e Marcelo Ferraz. (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 3 – Equipe Brasil Arquitetura em São Paulo (2023) – Leonardo Brícola, Luiza Azevedo, Pedro Groke, Francisco Fanucci, Onaides Júnior, Roberto Brotero, Cícero Ferraz Cruz, Fabiana Fernandes Paiva, Julio Tarragó, Artur Sampaio, Marcelo Ferraz, Juliana Topazi, Caio Cintra, Tatiana Scholz e Camila Campos.     (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 3 – Equipe Brasil Arquitetura em São Paulo (2023) – Leonardo Brícola, Luiza Azevedo, Pedro Groke, Francisco Fanucci, Onaides Júnior, Roberto Brotero, Cícero Ferraz Cruz, Fabiana Fernandes Paiva, Julio Tarragó, Artur Sampaio, Marcelo Ferraz, Juliana Topazi, Caio Cintra, Tatiana Scholz e Camila Campos. (Fonte: Brasil Arquitetura)
 

sócios

Figura 4 - Marcelo Ferraz                                 (Fonte: Brasil Arquietura)
Figura 4 - Marcelo Ferraz (Fonte: Brasil Arquietura)

Marcelo Ferraz é um dos arquitetos brasileiros fundadores do Brasil Arquitetura e da Marcenaria Baraúna, formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (FAU-USP) em 1978. Através do seu escritório e de outras contribuições conseguiu se destacar dentro do campo de preservação do patrimônio histórico e cultural brasileiro.


Entre 1977 e 1992, Ferraz se juntou à arquiteta Lina Bo Bardi, autora do MASP e uma referência internacional em torno de debates relacionados a valorização cultural, trabalhando diretamente em diferentes obras com a arquiteta, como o Sesc Pompéia (São Paulo - SP). Outrossim, Ferraz lecionou na Washington University in Saint Louis, USA, em 2006. É um ativo escritor, publicando os livros Arquitetura Rural na Serra da Mantiqueira (1992), Lina Bo Bardi (1993) e Arquitetura Conversável (2011). Ademais, foi gestor cultural como diretor do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi de 1992 a 2001 e o Programa Monumenta – Ministério da Cultura, entre 2003 e 2004.


 

Figura 5 - Francisco Fanucci                                                     (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 5 - Francisco Fanucci (Fonte: Brasil Arquitetura)

Francisco Fanucci, arquiteto urbanista formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (FAU-USP) em 1977, fundou ao lado de Marcelo Ferraz o escritório Brasil Arquitetura. Fanucci teve sua carreira influenciada por arquitetos modernistas, como Lina Bo Bardi e Vilanova Artigas. Ademais, o arquiteto ficou conhecido pela preservação do património cultural, unindo a tecnologia e tradição em seus projetos, isto é, criando soluções que respeitam a história e identidade dos locais.


O arquiteto prioriza a sustentabilidade em seus projetos, visando frequentemente utilizar madeira, pedra, concreto aparente e tijolos maciços, podendo esses serem reaproveitados do espaço ao redor do projeto. Sendo assim, seus trabalhos integram elementos regionais, tanto físicos quanto simbólicos dos locais de implantação das construções.


 
Figura 6 - Cícero Ferraz Cruz                          (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 6 - Cícero Ferraz Cruz (Fonte: Brasil Arquitetura)

Cícero Ferraz Cruz é um arquiteto e urbanista brasileiro, formado pela FAU-USP em 1999, cuja carreira destaca-se por seu trabalho em arquitetura e intervenções que vão desde o âmbito residencial, até grandes projetos urbanos. Atua dentro dos projetos do escritório Brasil Arquitetura desde 1999. Ademais, foi também sócio colaborador do escritório Chão Arquitetos e é autor do livro ‘Fazendas do Sul de Minas Gerais’.


A sua abordagem é muitas vezes caracterizada por uma visão crítica sobre o urbanismo no geral. Cícero defende a importância de respeitar as necessidades das comunidades locais a fim de melhorar a convivência urbana. Seus projetos são amplamente reconhecidos pela capacidade de integrar áreas públicas e privadas, com um foco na criação de ambientes urbanos mais acolhedores e acessíveis. O arquiteto também se destaca pelo uso de materiais e técnicas que dialogam diretamente com o contexto local, sempre buscando soluções que considerem as condições climáticas e geográficas específicas de cada região onde o projeto é realizado.


Além disso, seus trabalhos são de antemão localistas, isto é, caracterizados pela identidade cultural com a qual trabalha. Esse procedimento é realizado de uma forma com a qual transforma os espaços urbanos no objetivo de pacificar a convivência local e garantir o bem-estar social na região. Ele valoriza cada vez mais o histórico-cultural sem nunca perder a modernidade e inovação em cada empreendimento que assina.


 

acervo de projetos


O escritório Brasil Arquitetura desenvolveu projetos em diversas áreas, abrangendo diferentes escalas e usos. Suas principais obras podem ser organizadas em três categorias: Museus, focados na preservação e valorização cultural; Comerciais e Residenciais, que atendem a diferentes contextos urbanos e funcionais; e Projetos Premiados, reconhecidos por sua relevância arquitetônica.

Museus

  • Museu Rodin Bahia (2002) – Salvador, BA

  • Museu de Igatu (2008) – Andaraí, BA

  • Museu do Trabalho e do Trabalhador (2010) – São Bernardo do Campo, SP

  • Museu do Pampa (2009) – Jaguarão, RS

  • Museu da Democracia (2012) – São Paulo, SP

  • Museu das Missões (2014) – São Miguel das Missões, RS

  • Museu do Tijolo (2015) – Arvorezinha, RS


Comerciais e Residenciais

  • Convento Santo Antônio do Paraguaçu (2024) – Cachoeira, BA

  • Casa da Lapa (2009) – São Paulo, SP

  • Sesc Registro (2018) – Registro, SP

  • Casa Monte Mor (2018) – Monte Mor, SP

  • Casa Gregório Paes de Almeida (2019) – São Paulo, SP

  • Casa Maringá (2021) – Maringá, PR

  • Pavilhão Girassol (2004) – São Paulo, SP


Projetos Premiados

  • Praça das Artes (2006) – São Paulo, SP

  • Comitê Olímpico Internacional (2013) – Lausanne, Suíça

  • Casa Dom Viçoso (2010) – Dom Viçoso, MG

  • Teatro do Engenho Central (2009) – Piracicaba, SP

  • Conjunto KKKK (1996) – Registro, SP

  • Teatro Polytheama (1995) – Jundiaí, SP


 

cais do sertão

Figura 7 - Fachada frontal Cais do Sertão                                                                                                                (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 7 - Fachada frontal Cais do Sertão (Fonte: Brasil Arquitetura)

Ficha técnica:  

Projeto: Cais do Sertão Luiz Gonzaga

Localidade: Recife, PE

Ano: 2009

Área: 8.500m²


O Cais do Sertão, localizado no Recife, é um espaço cultural que homenageia o sertão nordestino e sua rica história. O projeto, assinado pelo escritório Brasil Arquitetura, teve sua idealização iniciada em 2009 e sua primeira etapa inaugurada em 2014, no contexto da revitalização da região portuária da cidade. A segunda fase, concluída em 2018, ampliou as funcionalidades do complexo. A proposta do museu busca estabelecer um elo entre a cultura sertaneja e a paisagem litorânea do Recife, transformando a área do antigo porto em um espaço de memória, convivência e aprendizado.

A região escolhida para o projeto tem grande relevância histórica. O Porto do Recife, um dos mais antigos do Brasil, já era um ponto estratégico para a economia local desde antes do século XVI. Por séculos, foi fundamental para a circulação de mercadorias e pessoas entre o litoral e o sertão, funcionando como conexão essencial para o desenvolvimento da região. O Cais do Sertão resgata essa ligação e propõe um diálogo entre esses dois mundos, trazendo para a orla elementos que remetem ao universo sertanejo. Além de valorizar a cultura nordestina, o museu requalifica a área portuária, tornando-se um novo polo cultural e turístico da cidade.


Figura 8 - Cais do porto de Recife                                                                                                                                 (Fonte: Revista digital “Algomais”, 2018)
Figura 8 - Cais do porto de Recife (Fonte: Revista digital “Algomais”, 2018)

Inspirado na trajetória de Luiz Gonzaga, o museu apresenta uma arquitetura de forte caráter brutalista. O amplo vão livre de aproximadamente 65 metros, a textura crua do concreto tingido em ocre e as formas robustas conferem imponência ao edifício, ao mesmo tempo em que evocam a paisagem árida do sertão. O uso de materiais expostos, como concreto, aço e madeira, reforça a conexão com a estética nordestina. Elementos tradicionais da arquitetura regional, como os cobogós e grandes aberturas, garantem ventilação e iluminação naturais, promovendo conforto térmico e eficiência energética.


Figura 9 – Fachada traseira Cais do Sertão                                                                                                              (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 9 – Fachada traseira Cais do Sertão (Fonte: Brasil Arquitetura)

O projeto se estrutura em duas partes principais. A primeira corresponde à reforma do antigo galpão portuário, que abriga as exposições fixas sobre Luiz Gonzaga e a cultura sertaneja. A segunda é o novo edifício, inaugurado em 2018, que amplia o complexo com um auditório de trezentos lugares, salas para exposições temporárias, áreas para cursos, biblioteca e reserva técnica. No terraço, um restaurante sertanejo oferece uma vista panorâmica do Recife Antigo e do mar, criando um ambiente de contemplação e conexão com a cidade.


Figura 10 – Vista frontal Cais do Sertão                                                                                                                     (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 10 – Vista frontal Cais do Sertão (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 11 – Auditório Cais do Sertão (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 11 – Auditório Cais do Sertão (Fonte: Brasil Arquitetura)

A planta do Cais do Sertão foi concebida para favorecer a integração entre os espaços internos e externos. O fluxo de pedestres é intuitivo, permitindo uma experiência fluida ao longo do museu. As exposições e áreas interativas estão distribuídas de forma setorizada, organizando a circulação de maneira clara. A escolha por amplas superfícies envidraçadas reforça a relação do edifício com o entorno, trazendo a paisagem urbana e marítima para dentro do espaço.


Figura 12 – Juazeiro Cais do Sertão                                                                                                                                  (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 12 – Juazeiro Cais do Sertão (Fonte: Brasil Arquitetura)

Outro aspecto fundamental do projeto é o uso estratégico da ventilação e iluminação naturais. Os cobogós aplicados nas laterais do edifício permitem a circulação do ar, reduzindo a necessidade de climatização artificial. Além disso, as grandes aberturas proporcionam uma entrada abundante de luz natural, diminuindo o consumo energético e realçando a textura dos materiais empregados. O uso do concreto, madeira e elementos vazados cria um ambiente que dialoga com a rusticidade do sertão e a modernidade da arquitetura contemporânea.


Figura 13 – Cabogós Cais do Sertão                (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 13 – Cabogós Cais do Sertão (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 14 – Plantas do pilotis e 1º pavimento                                                                                                             (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 14 – Plantas do pilotis e 1º pavimento (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 15 – Plantas do 2º pavimento e cobertura                                                                                                     (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 15 – Plantas do 2º pavimento e cobertura (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 16 – Cortes da edificação                                                                                                                                   (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 16 – Cortes da edificação (Fonte: Brasil Arquitetura)
 

Museu do pão

Figura 17 –  Vista da fachada posterior do Museu do Pão, projeto do escritório Brasil Arquitetura, com estrutura em vidro e uma cortina vermelha, destacando a transparência e a relação com o entorno.       (Fonte: Fotografia de Nelson Kon, 2014)
Figura 17 – Vista da fachada posterior do Museu do Pão, projeto do escritório Brasil Arquitetura, com estrutura em vidro e uma cortina vermelha, destacando a transparência e a relação com o entorno. (Fonte: Fotografia de Nelson Kon, 2014)

Ficha técnica:  

Projeto: Museu do Pão Moinho Colognese

Localidade: Ilópolis, RS

Ano: 2005

Área: 530m²


O Museu do Pão de Ilópolis é um lugar bem único, que foi criado para contar a história do pão e da imigração italiana na região. Foi inaugurado em 2005, e fica em Ilópolis, uma cidade no interior do Rio Grande do Sul. O museu passou por um projeto de revitalização e ampliação em 2008, que ficou a cargo da Brasil Arquitetura, um movimento importante para deixar a instituição ainda mais relevante para cidade e região.

Ilópolis, como muitas cidades da Serra Gaúcha, tem uma forte ligação com os imigrantes italianos que chegaram no final do século XIX, mas o lugar também tem outras histórias, como a do Moinho Colognese, que é um verdadeiro símbolo da cidade. A região é rica em recursos naturais, especialmente madeira de araucária, o que foi fundamental para o desenvolvimento dos imigrantes na região.


Figura 18 – Vista da fachada frontal do Moinho Colognese                                                                                    (Fonte: Fotografia de Nelson Kon, 2014)
Figura 18 – Vista da fachada frontal do Moinho Colognese (Fonte: Fotografia de Nelson Kon, 2014)

Os moinhos, ao longo do tempo, não foram apenas ferramentas de produção, mas também marcaram território e ajudaram a fixar comunidades inteiras. Eles eram essenciais para a produção de trigo e farinha, que alimentavam muitas famílias. O Moinho Colognese foi erguido na década de 1930 e, nos anos 50, foi comprado pelos irmãos Colognese. A partir daí, com o crescimento da indústria e da agricultura, muitos moinhos foram abandonados ou até demolidos.


Figura 19 – Vista do interior do Moinho Colognese e seu maquinário                                                                 (Fonte: Fotografia de Nelson Kon, 20140
Figura 19 – Vista do interior do Moinho Colognese e seu maquinário (Fonte: Fotografia de Nelson Kon, 20140

Em 2003, foi criada a Associação dos Amigos dos Moinhos do Vale do Taquari (AAMoinhos), que, com a ajuda de recursos da Lei de Incentivo à Cultura do Rio Grande do Sul, comprou o imóvel e criou o Caminho dos Moinhos, uma rota turístico-cultural para preservar a memória desses espaços. O projeto de restauração do moinho foi desenvolvido por pelo escritório, e em 2006 começaram as obras pro Museu do Pão e pra Escola de Panificação. O projeto foi concluído em 2007, e em 2008, o Complexo Arquitetônico Museu do Pão foi finalmente inaugurado.


O novo espaço mistura a arquitetura contemporânea com elementos históricos. A ideia era criar uma harmonia entre o moderno e o antigo. Dois novos blocos de concreto e vidro respectivamente contrastam com o moinho de madeira. A arquitetura também remete à estética brutalista, com o uso de materiais como concreto e madeira de araucária, que é a principal matéria-prima da região.


Essa determinada escolha não somente traz à tona o legado brutalista que o escritório carrega diante da influência de Lina Bo Bardi, mas também denota o uso de materiais de construção robustos no objetivo de trazer o destaque à madeira de araucária. As formas das superfícies de concreto foram minuciosamente escolhidas de forma a apresentarem uma textura de madeira no concreto exposto semelhante à textura da madeira de araucária.


Figura 20 – Fachada lateral, à esquerda o Moinho Colognese e à direita o bloco da Escola de Panificação                                                                                                                                                                   (Fonte: Fotografia de Nelson Kon, 2014)
Figura 20 – Fachada lateral, à esquerda o Moinho Colognese e à direita o bloco da Escola de Panificação (Fonte: Fotografia de Nelson Kon, 2014)

Dentro, o projeto é bem pensado para criar uma conexão entre os espaços. O Museu do Pão fica ao lado do moinho, com muitas superfícies de vidro que deixam a vista bem clara do que está exposto ali. Já a Escola de Panificação fica mais ao fundo, com um espaço mais reservado e aconchegante, quase como as casas italianas tradicionais e seus ambientes domésticos, em que a cozinha fica nos fundos. 

Figura 21 – Planta do sítio do Museu do Pão, à esquerda, o Museu do Pão, aos fundos, a Escola de Panificação e no centro, o Moinho Colognese                                                                                                                                                      (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 21 – Planta do sítio do Museu do Pão, à esquerda, o Museu do Pão, aos fundos, a Escola de Panificação e no centro, o Moinho Colognese (Fonte: Brasil Arquitetura)

Figura 22 – Fachada frontal do Museu do Pão, projetado pelo escritório Brasil Arquitetura, evidenciando a transparência da estrutura em vidro em contraste a madeira de araucária do Moinho Colognese               (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 22 – Fachada frontal do Museu do Pão, projetado pelo escritório Brasil Arquitetura, evidenciando a transparência da estrutura em vidro em contraste a madeira de araucária do Moinho Colognese (Fonte: Brasil Arquitetura)

A circulação externa, feita de madeira, conecta os novos blocos de concreto e vidro, criando uma sensação de unidade e harmonia, além de reforçar essa ideia de diálogo entre a modernidade e as tradições locais.


Figura 23 – Vista da circulação externa do Museu do Pão, com destaque para a fachada envidraçada do museu à esquerda, contrastando com a escola de panificação em concreto aparente aos fundos.          (Fonte: Brasil Arquitetura)
Figura 23 – Vista da circulação externa do Museu do Pão, com destaque para a fachada envidraçada do museu à esquerda, contrastando com a escola de panificação em concreto aparente aos fundos. (Fonte: Brasil Arquitetura)

A história do Museu do Pão e do Moinho Colognese reflete não só a memória da cidade, mas também a força das tradições da região, que ainda são vivas e são preservadas com carinho por projetos como esse.


Autores

CECILIA AREAS MUNHOZ

FABIANA AGUIAR LOPES

GUSTAVO ROCHA FERREIRA PINTO

PEDRO MEDEIROS DUARTE DA SILVA


referências


ALGOMAIS. 8 fotos do Porto do Recife antigamente. Algomais, [s.d.]. Disponível em: https://algomais.com/8-fotos-do-porto-do-recife-antigamente/. Acesso em: 17 dez. 2024.


ARCHDAILY. Marcelo Ferraz. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/tag/marcelo-ferraz. Acesso em: 17 dez. 2024.

 

ARCHDAILY. Cícero Ferraz Cruz. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/office/cicero-ferraz-cruz. Acesso em: 17 dez. 2024.


BRASIL ARQUITETURA. Sobre o escritório. Disponível em: https://brasilarquitetura.com/sobre-o-escritorio. Acesso em: 17 dez. 2024.

 

ESCAVADOR. Cícero Ferraz Cruz. Disponível em: https://www.escavador.com/sobre/3315925/cicero-ferraz-cruz. Acesso em: 17 dez. 2024.

 






 
 
 

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